Há cinco anos, Ricardo Nerrasti Mezzadri, morador de Jundiaí (SP), iniciou o processo para obter a cidadania italiana por meio de uma empresa especializada em consultoria migratória. No entanto, há dois anos, a empresa parou de responder aos clientes.
Devido ao "sumiço" da companhia, Ricardo perdeu quase 40 mil reais e ainda não conseguiu a cidadania europeia. "A empresa agiu com amadorismo, cometendo erros simples e falhas de processo", relata.
Neste ano, as reclamações sobre empresas que tratam da cidadania italiana aumentaram cerca de oito vezes em relação a 2024, segundo o Procon. "As empresas devem devolver parte do valor pago, pois o consumidor tem direito ao abatimento se não receber o serviço como contratado", explica Marcelo Canale, diretor do Procon.
Em 2025, de janeiro a maio, foram registradas 55 reclamações, contra apenas sete em 2024. "Antes, para obter a cidadania italiana, não havia limitação de gerações. Agora, é necessário ter um pai ou avô italiano", diz Andrea Capelli, especialista no assunto.
Quando o Procon recebe uma reclamação, notifica a empresa, que tem dez dias para responder. Se a resposta não for satisfatória, o consumidor pode solicitar uma audiência de conciliação ou levar o caso à Justiça.
"Não acredito que as empresas tenham desaparecido. Elas podem existir, mas não estão entregando o produto devido a mudanças na legislação", conclui Canale.
Fonte: G1
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