O aumento na Tarifa em Jundiaí no transporte público penaliza o trabalhador que ganha menos

 

TODOS TÊM AS MESMAS 24 HORAS — Em um decreto publicado na Edição 5657 da Imprensa Oficial do Município de Jundiaí, em 4 de julho de 2025, o prefeito Gustavo Martinelli anunciou um reajuste de 11,8% na tarifa do transporte coletivo, aumentando o valor do vale-transporte de R$ 5,50 para R$ 6,15, a partir de 6 de julho. A decisão, justificada pela administração municipal como um reflexo do aumento dos custos operacionais do sistema, foi tomada apenas dois dias antes de entrar em vigor. O texto do Decreto n° 35.224 menciona “o desequilíbrio econômico-financeiro da concessão” e “a necessidade de adequação tarifária para a continuidade da prestação dos serviços”.


No entanto, especialistas em gestão pública destacam que, se houvesse interesse político, o Executivo poderia aumentar o subsídio da passagem sem transferir todo o impacto para o usuário. Em todas as edições da Imprensa Oficial do Município de Jundiaí, são publicados decretos de remanejamento orçamentário, respaldados por “abertura de crédito por superávit e/ou excesso de arrecadação”. Segundo o artigo 4° da Lei n° 10.292/2024 (Lei Orçamentária Anual), o prefeito está autorizado a abrir crédito suplementar de até 10% do total da despesa, equivalente a R$ 428.582.650,00 sobre a dotação de R$ 4.285.826.500,00. A Prefeitura informa que precisa de R$ 33.000.000,00 para complementar o subsídio total em 2025, um valor que poderia ser integralmente realocado sem comprometer outras áreas prioritárias.


De acordo com José Antonio Parimoschi, ex-gestor de Governo e Finanças de Jundiaí na gestão do prefeito Luiz, a adoção do subsídio é uma prática comum em cidades que buscam proteger o poder de compra dos trabalhadores. “O subsídio representa quase 30% da tarifa em Jundiaí e poderia ter sido ampliado por meio de suplementação orçamentária, prevista em lei, garantindo a manutenção do preço atual da tarifa de R$ 5,50”, afirma Parimoschi.

Fonte: JUNDIAÍ NOTÍCIAS 

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