Recentemente, pesquisadores descobriram esqueletos enterrados com sinais de queimaduras e exposição à fumaça em diversas regiões úmidas, como China, Vietnã e Filipinas, sugerindo uma forma de mumificação por secagem com fumaça, semelhante a práticas contemporâneas em Papua, Indonésia.
A análise de 54 sepultamentos em 11 locais indicou que os corpos eram enterrados em posição agachada, com marcas escuras em partes do corpo. Exames revelaram que mais de 80% dos ossos apresentavam alterações típicas de defumação. Acredita-se que os corpos eram atados logo após a morte e suspensos sobre fogo brando, permitindo que os familiares mantivessem contato com os falecidos durante o processo, que poderia durar semanas ou meses. Essa prática também pode ter um significado cultural profundo, refletindo o desejo humano de manter os entes queridos por perto.
Além disso, a pesquisa encontrou semelhanças com rituais atuais nas comunidades Dani e Pumo em Papua, onde múmias fumegadas são preservadas e exibidas em ocasiões especiais. A continuidade cultural entre esses rituais pré-históricos e as práticas contemporâneas destaca a relevância histórica e emocional desses métodos de preservação dos mortos.
Fonte: G1
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