A Base Ecológica da Serra do Japi recebeu, nesta semana, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e uma estudante panamenha para dar continuidade a um dos mais longos estudos sobre borboletas frugívoras na América Latina. Coordenado pelo professor André Victor Lucci Freitas, o monitoramento, em andamento há 14 anos, é essencial para compreender as relações entre biodiversidade e mudanças climáticas na floresta de Jundiaí.
Os registros de borboletas na Serra do Japi remontam à década de 1990, com cerca de 600 espécies identificadas inicialmente. Atualmente, o grupo já catalogou mais de 100 espécies de borboletas frugívoras, utilizando armadilhas distribuídas em cinco trilhas da floresta. Essa metodologia permite comparar comunidades em diferentes camadas da vegetação, revelando padrões de comportamento e diversidade entre mais de 20 mil indivíduos registrados.
Nesta fase, a pesquisa conta com a participação da estudante Ana Cecilia Padilla Zamora, da Universidade do Panamá, que veio ao Brasil para aprender técnicas laboratoriais no Laboratório de Borboletas da Unicamp. Segundo Letícia Carlesso de Paula Sena, doutoranda da Unicamp, os dados coletados são cruciais para entender como as espécies reagem a mudanças ambientais, com uma série temporal de 15 anos permitindo observar variações na abundância e diversidade das borboletas. O superintendente da Fundação Serra do Japi, Flávio Gramolelli Jr., destacou a importância da pesquisa para a conservação e avanço científico da região.
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