O governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, sancionou nesta segunda-feira (22) Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do STF Alexandre de Moraes, utilizando a lei Magnitsky, que permite punir estrangeiros por violações graves dos direitos humanos. A decisão foi publicada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro norte-americano.
Com essa sanção, todos os bens de Viviane nos EUA estão bloqueados, assim como qualquer empresa relacionada a ela. O governo americano já havia imposto sanções ao ministro do STF em julho. Agora, tanto Alexandre de Moraes quanto sua esposa não podem realizar transações com cidadãos e empresas dos EUA, o que inclui o uso de cartões de crédito de bandeira americana.
A sanção à esposa de Moraes faz parte de uma estratégia de retaliação do governo Trump contra o ministro, que foi condenado pelo tribunal por sua atuação na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Trump, a 27 anos de prisão por golpe de Estado em agosto.
Viviane, de 56 anos e advogada, teve também a Lex Instituto de Estudos Jurídicos, uma empresa de advocacia em São Paulo da qual ela e dois dos três filhos do casal são sócios, sancionada nesta mesma data. O governo Trump havia classificado Alexandre de Moraes como "um violador de direitos humanos" e responsável por uma "campanha opressiva de censura", sem apresentar provas concretas.
Ao anunciar a sanção a Viviane, o Departamento do Tesouro dos EUA não forneceu argumentos específicos, apenas mencionando que ela e a empresa estão associadas a Alexandre de Moraes. A aplicação da lei Magnitsky a Moraes foi vista pela imprensa mundial como uma "hostilidade" da administração republicana.
Fonte: G1
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