Pela primeira vez na nova legislatura, vereadores negam requerimento de informações à Prefeitura de Jundiaí.


 Durante a 19ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Jundiaí, realizada na última terça-feira (18), os vereadores protagonizaram um fato inédito nesta legislatura: rejeitaram um requerimento de informações oficiais direcionado ao Poder Executivo.

O Requerimento ao Plenário nº 54/2025, de autoria da Vereadora Quézia de Lucca (PL), solicitava explicações técnicas e documentais da Prefeitura sobre a execução do Contrato Emergencial nº 034/2025, firmado com a empresa Converd Construção Civil Ltda para operação do GERESOL, unidade de gestão de resíduos sólidos da cidade.

A proposta foi derrotada por 12 votos contrários, com apenas 3 votos favoráveis e 2 vereadores ausentes, conforme registro do painel eletrônico oficial da Câmara. Entre os que votaram contra o pedido de transparência estão parlamentares da base governista, que optaram por blindar a Prefeitura em um momento de questionamentos sobre possíveis irregularidades no contrato emergencial.

Em sua fala durante a sessão, a vereadora Quézia lembrou que esteve pessoalmente no local no dia 9 de junho e encontrou “possíveis irregularidades e indícios de crime ambiental”. Segundo ela, “negar informações é negar o direito do vereador de fiscalizar e o direito do povo de saber o que está sendo feito com o dinheiro público”.

Mesmo com a negativa do requerimento, a parlamentar garantiu que seguirá com a investigação. “Já estamos acionando o Ministério Público, a CETESB e o Tribunal de Contas com base nos indícios verificados. O processo interno da própria Prefeitura, sob o número SEI 0020400/2025, mostra que há muito a ser esclarecido sobre a real situação do GERESOL.”

A recusa em fornecer informações à vereadora de oposição levanta um precedente preocupante para a transparência e o exercício da função fiscalizadora do Legislativo jundiaiense.

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