Em 2024, o Brasil alcançou os menores índices de pobreza e extrema pobreza desde o início da série histórica do IBGE em 2012, conforme divulgado na Síntese de Indicadores Sociais. A extrema pobreza caiu de 4,4% para 3,5%, representando uma redução de 1,9 milhão de pessoas, enquanto a pobreza recuou de 27,3% para 23,1%, ou seja, 8,6 milhões de brasileiros a menos nessa condição.
O estudo considera a "pobreza monetária", definida pelo IBGE com base em parâmetros do Banco Mundial, que estabeleceu que são considerados pobres os domicílios com renda inferior a US$ 6,94 por pessoa ao mês.
O aumento da renda média, que alcançou R$ 2.017 mensais em 2024, e a redução da desigualdade, com o Índice de Gini caindo de 0,517 para 0,504, contribuíram para essa melhora. Segundo o pesquisador do IBGE, André Geraldo de Moraes Simões, a queda na pobreza está ligada ao aquecimento do mercado de trabalho e à expansão dos benefícios sociais, como o Bolsa Família.
Sem esses programas, a pobreza extrema poderia ter atingido 10% da população. Apesar dos avanços, grupos como crianças, pessoas pardas e pretas, e mulheres continuam a enfrentar maiores níveis de pobreza.
A pesquisa também revela disparidades regionais significativas, com o Nordeste concentrando 50,3% da população em extrema pobreza. Em 2024, 39,4% da população nordestina vivia abaixo da linha de pobreza. O estudo identificou ainda que 11,9% dos trabalhadores, cerca de 12 milhões de pessoas, são considerados "working poor", ou seja, possuem emprego, mas vivem em domicílios pobres.
O risco de pobreza é maior entre os desempregados, com 47,6% nessa condição. A análise destaca que 10 ocupações concentram 41,7% dos trabalhadores pobres no Brasil, evidenciando a necessidade de políticas direcionadas.
Gonte: G1

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