O menino brasileiro José Lucas, de nove anos, teve dois dedos amputados por colegas na Escola Básica de Fonte Coberta, em Cinfães, Portugal, na última segunda-feira (10). Segundo sua mãe, Nívia Estevam, de 27 anos, o menino já havia sofrido outras agressões na escola. O incidente ocorreu quando dois colegas fecharam a porta do banheiro sobre os dedos de José, que tentou abrir a porta, mas não conseguiu devido à dor. Ele precisou se arrastar para pedir ajuda, e quando foi encontrado, estava gritando de dor e com parte da mão enfaixada.
Após o ocorrido, a escola minimizou a gravidade do caso, informando que o menino apenas "brincava" com colegas. Quando Nívia chegou à escola, encontrou seu filho em estado crítico e foi informada de que ele havia perdido dois dedos. O menino passou por uma cirurgia de três horas, mas não foi possível reimplantar os dedos amputados.
A assistente social do hospital notificou a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, que abriu uma investigação e recomendou que Nívia retirasse José da escola, considerando o ambiente inseguro.
Nívia relatou que seu filho já tinha sido alvo de agressões anteriores e que a escola não tomou medidas efetivas para protegê-lo. Ela expressou preocupações sobre racismo e bullying, já que José é brasileiro, negro e gordinho, e este era seu primeiro ano na escola. A repercussão do caso começou quando Nívia compartilhou sua história nas redes sociais, gerando apoio, mas ela ainda se sente insegura e decidiu mudar de distrito.
A escola afirmou que está investigando o incidente, mas a mãe continua sem apoio efetivo das autoridades locais. José tem enfrentado crises de choro e questionamentos sobre a violência que sofreu.
Gonte: G1

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