Café, carne e frutas do Brasil têm tarifas reduzidas por Trump


Os Estados Unidos anunciaram na sexta-feira (14) a redução das tarifas de importação para cerca de 200 produtos alimentícios, como café, carne, açaí e manga. Para o Brasil, as tarifas caíram de 50% para 40%. Inicialmente, exportadores brasileiros estavam incertos sobre o impacto da redução, mas o Ministério da Agricultura esclareceu que a diminuição se refere apenas às taxas de reciprocidade impostas pelo ex-presidente Donald Trump em abril, que incluíam uma taxa de 10% para o Brasil.

Apesar da queda, uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, anunciada em julho, permanece em vigor.

A negociação para flexibilizar as tarifas começou a ganhar força após um encontro entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro, na Malásia. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se reuniram para discutir o assunto, mas após a reunião, Trump afirmou que não acredita que novos cortes sejam necessários.

A pressão da inflação nos preços do café e da carne nos EUA contribuiu para a decisão de revisar as tarifas, embora o presidente tenha ressaltado que a redução foi um "pequeno recuo".

A medida foi bem recebida por representantes do setor agropecuário brasileiro. O embaixador Celso Amorim e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, consideraram a redução uma boa notícia, mas permaneceram atentos aos itens que ainda estão sob tarifas elevadas.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) comemorou a decisão, destacando a importância do mercado americano para as exportações de carne bovina do Brasil. Por outro lado, a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) expressou preocupação pela exclusão da uva da lista de produtos com tarifas reduzidas.

Fonte: G1

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