"Se não cumprir a meta, recebe punição": brasileiros compartilham experiências após serem recrutados por rede internacional de tráfico humano no Sudeste Asiático.


Brasileiros aliciados por uma rede internacional de tráfico humano no Sudeste Asiático relataram traumas após serem recrutados para trabalhar em plataformas digitais envolvidas em golpes online. Promessas de emprego com salário em dólar e benefícios como hospedagem e alimentação se transformaram em um pesadelo de dívidas, tortura e trabalho forçado, como exemplificado pelo caso de Luckas Viana, que foi levado para Mianmar e mantido sob ameaça em um complexo conhecido por explorar vítimas.

A reportagem também revelou outras histórias de vítimas, como Diego Lima, que foi atraído com a promessa de um trabalho como tradutor, mas encontrou-se em um ambiente de jogos online ilegais. Ele relatou que as vítimas eram torturadas para cumprir metas, sendo submetidas a agressões físicas e privação de alimentos. Atualmente, Diego vive em constante medo de represálias, tentando se manter em sigilo para proteger sua vida.

A investigação apontou Rodrigo Machado como um dos principais recrutadores, recebendo dinheiro por cada brasileiro que aliciava. Embora ele negue as acusações, outras vítimas o identificam como responsável por essa rede criminosa.

A condenação de André Cunha a 18 anos de prisão por tráfico internacional de pessoas trouxe um pouco de esperança às vítimas, com o Ministério Público Federal destacando que muitos casos ainda estão sendo investigados, mas poucos resultam em condenações. O Ministério das Relações Exteriores afirmou que está prestando assistência a brasileiros em situação de tráfico no Sudeste Asiático.

Fonte: G1

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