Em meio à era das mensagens instantâneas e emojis, muitos brasileiros estão redescobrindo o prazer de escrever cartas à mão. O Globo Repórter destacou essa tendência, que se tornou um hábito afetivo, por meio do Clube do Envelope de Papel, criado pela jornalista Mariana Loureiro.
O clube já conectou mais de 4 mil pessoas e incentiva a troca de cartas, com a regra de que cada participante deve responder, independentemente do tempo que leve. A experiência vai além da escrita, envolvendo canetas, tesouras e criatividade, tornando cada carta uma expressão de carinho.
Integrantes do clube, como Tatiana Naiara Silva, explicam que a espera pela resposta é uma parte essencial do ritual. Em um mundo dominado pela tecnologia e pela rapidez, as cartas exigem paciência e carinho, proporcionando um momento de conexão mais profundo.
Gabriela Carvalho, que vive em uma área sem serviço de correios, valoriza cada ida aos Correios como um ato significativo, reforçando a ideia de que o tempo dedicado à escrita é um presente para o destinatário.
O antropólogo Bernardo Conde, da PUC Rio, observa que esse movimento não é apenas uma forma de nostalgia, mas um reflexo de uma busca por experiências mais significativas em um cotidiano saturado de informações. A carta escrita à mão permite um contato mais pessoal e uma dedicação que mobiliza emoções e sensações, criando uma conexão genuína entre as pessoas.
Fonte: G1
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