O descarte irregular de garrafas vazias na região de Jundiaí (SP) tem gerado preocupações sobre a produção clandestina de bebidas, alertam especialistas. As fábricas de destilados estão redobrando os cuidados na produção e descarte de materiais contendo álcool, exigindo que os químicos verifiquem a conformidade dos componentes da matéria-prima com os laudos dos fornecedores. Qualquer contaminação resulta no descarte da matéria-prima após análise sensorial.
As garrafas descartadas, especialmente aquelas com rótulos e tampas, são alvos de falsificadores, que podem usar esses materiais para criar bebidas adulteradas. Gabriel Pinheiro, da Abrasel, enfatiza a importância de consumidores e proprietários de restaurantes na luta contra a falsificação, sugerindo que garrafas sejam descartadas de forma a evidenciar que foram abertas, como não jogar tampas no mesmo lixo. A Polícia Civil também está atenta, tendo apreendido mais de mil garrafas em operações recentes, com foco na identificação de fábricas clandestinas que utilizam metanol nas bebidas.
O metanol, uma substância tóxica, é frequentemente utilizado na adulteração de bebidas, e sua ingestão pode provocar sérios problemas de saúde, incluindo intoxicação grave. Recentemente, um homem em Jundiaí foi internado por intoxicação por metanol, destacando os riscos associados a esse tipo de bebida. Os sintomas de intoxicação podem aparecer entre 10 e 48 horas após a ingestão, tornando crucial a identificação rápida do problema.
Fonte: G1
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