Mary Brunkow, geneticista de Seattle, recebeu a notícia do Prêmio Nobel de Medicina de 2025 em uma manhã inusitada, após ignorar uma ligação da Suécia pensando ser spam. Reconhecida por suas descobertas sobre a tolerância imune periférica, ela compartilha o prêmio com Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi.
O trabalho da equipe culminou na identificação do gene FOXP3, cuja mutação causa a síndrome autoimune IPEX, e elucidou o papel das células T reguladoras no controle da resposta imunológica, influenciando o desenvolvimento de novas terapias para câncer e doenças autoimunes.
Brunkow recorda que, em 1998, sua equipe enfrentou o desafio de localizar o gene responsável por falhas no sistema imunológico em camundongos. Após uma longa pesquisa, conseguiram associar a mutação ao funcionamento do sistema imune humano, evidenciando a ligação entre a síndrome IPEX e a mutação do FOXP3. Apesar de já não atuar diretamente na imunologia, ela se mostra entusiasmada com os avanços que sua pesquisa ajudou a inspirar e destaca que o prêmio é o resultado de um esforço coletivo.
As descobertas sobre a tolerância imune periférica têm implicações significativas na medicina moderna, como no tratamento de câncer e transplantes. A pesquisa revelou que as células T reguladoras atuam como “guardiãs” do sistema imunológico, evitando que ele ataque os tecidos saudáveis.
O trabalho de Brunkow, Ramsdell e Sakaguchi não apenas abriu novas fronteiras na compreensão do sistema imunológico, mas também possibilitou o desenvolvimento de tratamentos inovadores, muitos dos quais estão atualmente em fase de testes clínicos.
Fonte: G1
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