Por Dircélio Timóteo
Nos últimos dias, imagens enviadas por leitores da RS Notícias Jundiaí mostram um cenário preocupante: lojas fechadas, corredores quase desertos e ruas centrais de Várzea Paulista cada vez mais vazias. A paisagem urbana, antes movimentada, agora exibe vitrines cobertas por papéis e inúmeras placas de “aluga-se”.
De acordo com comerciantes e consumidores, o esvaziamento do comércio local não é algo novo — o problema se arrasta desde a pandemia de Covid-19, que impulsionou a migração das compras para o ambiente digital e reduziu drasticamente o fluxo de clientes nas lojas físicas.
“As pessoas mudaram seus hábitos. Hoje muita gente prefere comprar online, e os custos para manter uma loja aberta se tornaram inviáveis”, relata uma ex-lojista que preferiu não se identificar.
Além do avanço do comércio eletrônico, os altos preços dos aluguéis e a baixa circulação de renda são apontados como os principais vilões dessa crise. Muitos empreendedores afirmam que os custos operacionais — como energia, impostos e encargos trabalhistas — tornaram-se incompatíveis com o faturamento atual.
Economistas e especialistas em desenvolvimento urbano alertam que o fechamento em massa de lojas reflete não apenas uma questão econômica, mas também social, já que impacta diretamente na geração de empregos e na vitalidade dos centros urbanos.
A falta de políticas públicas voltadas à revitalização do comércio e ao estímulo de pequenos negócios agrava ainda mais a situação. “Sem uma estratégia integrada de incentivo, as cidades perdem não só receitas, mas também sua identidade comercial”, avaliam analistas.
O desafio agora é grande: reaquecer o comércio local e reconectar consumidores e empreendedores, investindo em criatividade, tecnologia e políticas de incentivo que tragam de volta a vida às ruas de Várzea Paulista.
📍 Fonte: RS Notícias Jundiaí


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