Um novo relatório publicado na revista científica "The Lancet" nesta quarta-feira (29) revela que o calor extremo e a poluição são responsáveis por mais de 3 milhões de mortes todos os anos. A publicação anual "Lancet Countdown on Health and Climate Change" é uma colaboração liderada pela University College London, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e contou com a contribuição de 128 especialistas de mais de 70 instituições acadêmicas e agências da ONU.
O relatório destaca que a incapacidade de conter os efeitos do aquecimento global resultou em um aumento de 23% nas mortes relacionadas ao calor desde os anos 1990, totalizando 546 mil óbitos anualmente. Além disso, aproximadamente 2,52 milhões de mortes em todo o mundo são atribuídas à queima de combustíveis fósseis. No Brasil, o cenário também é preocupante; entre 2012 e 2021, o país registrou uma média anual estimada de 3,6 mil mortes provocadas pelo calor, um valor 4,4 vezes maior do que o observado na década de 1990.
O relatório indica que as ameaças das alterações climáticas à saúde atingiram níveis sem precedentes. Dos 20 indicadores utilizados para analisar os riscos para a saúde e os impactos das mudanças climáticas, 13 estabeleceram novos e preocupantes recordes no último ano. Por outro lado, a transição energética é apresentada como uma solução importante, apontando que cerca de 160 mil vidas são salvas anualmente devido à produção de energia a partir de fontes renováveis. Este levantamento ressalta a urgência de ações eficazes para mitigar os impactos das mudanças climáticas e proteger a saúde global.
Fonte: G1
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