Filiados do União Brasil têm 24 horas para se desligar de cargos no governo, sob risco de penalidades por infidelidade


O União Brasil aprovou uma resolução que exige que seus filiados deixem, em até 24 horas, os cargos ocupados no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A norma, aprovada pela cúpula do partido, prevê punições disciplinares, incluindo a expulsão, para aqueles que não cumprirem a determinação. Essa decisão antecipa um desembarque do governo, que já havia sido anunciado no início do mês, mas sem uma data definida. O ministro do Turismo, Celso Sabino, é um dos afetados, enquanto os ministros Waldez Góes e Frederico Siqueira não serão impactados, pois ocupam cargos por indicação do presidente do Senado.

A exigência de saída dos cargos foi impulsionada por reportagens que mencionaram uma suposta ligação entre o presidente nacional do partido, Antonio de Rueda, e o Primeiro Comando da Capital (PCC), o que Rueda nega. O partido expressou solidariedade ao dirigente e classificou as informações como infundadas e superficiais, acusando o governo de usar essas notícias para desgastar a imagem de Rueda e enfraquecer o partido. O União Brasil também anunciou que qualquer membro poderá denunciar o não cumprimento da regra.

O movimento de desembarque do União Brasil não é uma novidade, já que o partido ameaçou deixar os cargos diversas vezes desde o início do governo Lula. A decisão se intensificou após críticas do presidente durante uma reunião ministerial, onde pediu apoio aos ministros do partido. Com a formação de uma federação com o PP, a expectativa é que o União Brasil se posicione em apoio a uma candidatura de centro-direita para as próximas eleições, com o governador Ronaldo Caiado como um possível pré-candidato.

Fonte: G1

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