Delegado afirma que homem que deixou corpo em mala na rodoviária de Porto Alegre pode estar seguindo um 'roteiro'


O principal acusado de abandonar partes do corpo de uma mulher na rodoviária de Porto Alegre demonstrou um alto grau de organização e habilidade criminosa, segundo o delegado Mário Souza, diretor do Departamento de Homicídios (DHPP) da Polícia Civil do Rio Grande do Sul. O homem tomou várias precauções para evitar ser identificado, como o uso de luvas, óculos, boné e máscara, mas ainda assim se expôs ao aparecer em um local monitorado, onde deixou a mala no guarda-volumes.

A investigação revela que o crime pode ter sido cometido em etapas, com o primeiro descarte de partes do corpo ocorrendo em um local isolado em 13 de agosto e o segundo na rodoviária em 20 de agosto. Essa mudança de locais e o intervalo de uma semana entre os atos indicam planejamento detalhado, e os cortes no corpo da vítima, considerados "limpos", sugerem conhecimento técnico do autor. A polícia investiga a possibilidade de um terceiro ato, relacionado ao crânio da vítima, que ainda não foi encontrado.

A vítima, uma mulher de aproximadamente 50 anos, ainda não foi identificada, e a polícia trabalha com a hipótese de que o crime pode ter sido motivado por uma relação íntima, configurando um possível feminicídio. Embora a linha de investigação envolvendo facções criminosas não esteja descartada, é considerada menos provável. A Delegacia de Desaparecidos está levantando casos de mulheres desaparecidas na região para tentar identificar a vítima. Informações sobre o suspeito podem ser repassadas de forma anônima à Polícia Civil.

Fonte: G1

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