O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao blogueiro bolsonarista Paulo Figueiredo na ordem executiva que institui tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. O documento foi divulgado pela Casa Branca nesta quarta-feira (30).
A medida é apresentada como uma resposta a ações do governo brasileiro que, de acordo com a Casa Branca, configuram uma ameaça “incomum e extraordinária” à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA.
A nova ordem declara uma emergência nacional com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional de 1977 (IEEPA) e representa um agravamento nas tensões diplomáticas entre os dois países.
Na ordem executiva, Trump afirma que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu "centenas de ordens para censurar secretamente seus críticos políticos". O presidente americano também menciona que Moraes está supervisionando um processo contra Paulo Figueiredo por discursos proferidos em solo americano.
"[Moraes] tem apoiado investigações criminais contra outros cidadãos dos EUA após a exposição de suas graves violações de direitos humanos e corrupção", diz o texto.
Paulo Figueiredo, neto do general João Figueiredo, último presidente do Brasil durante a ditadura militar, é acusado de crimes como organização criminosa, tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Segundo Trump, a ordem considera que Bolsonaro e seus apoiadores são alvos de "graves violações dos direitos humanos que minaram o Estado de Direito no Brasil". O documento alega que o governo brasileiro tem perseguido, intimidado, assediado e censurado cidadãos.
"Ao impor essas tarifas em resposta às ações imprudentes do governo brasileiro, o presidente Trump está protegendo a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos de uma ameaça estrangeira", afirma o texto.
"O presidente Trump também tomou outras medidas para promover a paz por meio da força e assegurar que a política externa reflita os valores, a soberania e a segurança dos EUA."
Fonte: G1
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