Imagens de um satélite, a mais de 700 quilômetros da Terra, revelam o surgimento de uma espuma branca tóxica no Rio Tietê, em Salto (SP). O registro, realizado entre fevereiro e agosto de 2025 pelo programa de monitoramento climático da União Europeia, mostra que, inicialmente, o rio estava cheio de água marrom e barrenta. A partir de junho, a espuma começou a aparecer, cobrindo uma grande extensão do leito do rio em agosto.
Salto, localizada a 100 km da capital paulista, sofre frequentemente com a formação dessas espumas devido ao despejo diário de 600 toneladas de poluição por 34 municípios da Região Metropolitana de São Paulo. A situação é agravada em áreas com quedas e corredeiras, especialmente durante a estiagem, quando a falta de chuva e a presença de detergentes e sabões intensificam a formação da espuma. Recentemente, um morador registrou o acúmulo de espuma na Ponte dos Pescadores, onde o problema já havia sido observado um mês antes.
Em resposta à situação, a Defesa Civil tem alertado a população e turistas para evitar a aproximação da espuma. O Governo de São Paulo anunciou investimentos de R$ 20 bilhões em saneamento até 2029, através do programa IntegraTietê, e informou que a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) intensificou a fiscalização, aplicando multas de R$ 3,8 milhões a poluidores e realizando diversas coletas de amostras e vistorias em estações de tratamento e indústrias. Além disso, o Estado já retirou mais de 3,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos do Tietê e seus afluentes desde 2023.
Fonte: G1

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