Grandes lojas, como Marisa e Passarela, após décadas com as portas abertas no centro de Jundiaí, encerraram suas atividades. Muito além da simplicidade em considerar que o comércio online é o grande vilão dos comerciantes locais, outros tantos motivos são apontados por quem mais entende: quem vende no centro. O que os próprios comerciantes apontam como problemas?
Muitos lojistas relatam a sensação de abandono e insegurança. Ao Jornal de Jundiaí, no início do ano, por exemplo, Benedita Paiva, proprietária de uma loja de joias, reclama da falta de fiscalização. “Antigamente, a Guarda Muncipal circulava de bicicleta e a pé pelas ruas. Hoje, só vejo eles parados”, afirma. Para ela, a falta de policiamento tem contribuído para o abandono da região. “Esse centro está devastado”, lamenta.
Além da insegurança, a falta de infraestrutura como banheiros, e o valor do estacionamento rotativo, bem como falta de vagas nas ruas e de um transporte público de qualidade também é são apontados como motivos.
"Uma mãe entrou na minha loja pedindo um espaço para amamentar o filho. Se a pessoa precisa usar o banheiro, trocar uma criança ou amamentar, tem que pagar por isso? Isso não é correto". Segundo ela, essa falta de estrutura torna o Centro menos atrativo e prejudica os lojistas.
A impressão que tenho é que o Centro está morrendo aos poucos”, diz outra empresária que destaca que a presença constante de pessoas em situação de rua em frente aos comércios gera insegurança. “Tem fim de semana que as lojas fecham às 18h, mas quase nenhuma realmente fecha nesse horário. Eu mesma não fecho, porque tenho medo”, afirma.
Para ela, a solução passa por um plano para revitalizar o Centro. “Podiam fazer algo para atrair mais pessoas para cá”, sugere.
Outro lojista, que preferiu não se identificar, também relata problemas com a presença de pessoas em situação de rua e o consumo de bebidas na região. "Quando chegamos para abrir a loja, sempre tem gente dormindo na calçada. Durante o dia, é comum ver pessoas bebendo na frente das lojas, o que acaba afastando os clientes", relata.
Fonte: Atualiza Jundiaí
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