Mapas da Defesa Civil de São Paulo indicaram que, pela primeira vez em 2025, a capital e os municípios da Região Metropolitana entrarão em estado de alerta para risco de incêndio nesta quarta-feira (16), com validade até quinta (17).
Nesta terça-feira (15), a cidade de São Paulo registrou o segundo menor índice de umidade do Brasil, com 23%, perdendo apenas para Cuiabá, que teve 21%, conforme informações da Climatempo. Essa condição de baixa umidade deve continuar até sábado (19), quando uma frente fria pode elevar os níveis de umidade, embora chuvas ainda não sejam esperadas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a umidade relativa ideal para a saúde humana varia entre 40% e 70%. Níveis abaixo de 30% são vistos como um alerta para a saúde, podendo causar desconforto e problemas respiratórios.
Os mapas da Defesa Civil apresentam quatro níveis de risco de incêndio, sinalizados por cores:
- Amarelo: risco baixo
- Laranja: risco alto
- Vermelho: alerta
- Roxo: emergência
Para quarta e quinta, a previsão é que a maioria do estado esteja em alerta vermelho, com áreas em risco alto (laranja). Segundo o meteorologista César Soares, da Climatempo, o aumento do risco de incêndio se deve a dois fatores meteorológicos principais: dias consecutivos com ar seco e temperaturas elevadas.
Soares também destacou que, apesar das manhãs com mínimas em torno de 10°C, as temperaturas à tarde têm subido, criando condições propícias para incêndios. Ele mencionou que, enquanto a média para esta época do ano seria em torno de 22,9°C, temperaturas de 24°C a 27°C foram registradas, o que favorece o surgimento de focos de queimada.
A Defesa Civil recomenda que a população evite queimar lixo, não solte balões e tenha cuidado com bitucas de cigarro em áreas com vegetação seca. Além disso, é aconselhável manter-se hidratado e evitar exercícios ao ar livre entre 11h e 16h. O monitoramento se insere na operação de estiagem.
"O alerta integra a operação estiagem e tem um caráter preventivo, sendo utilizado para orientar e informar a população sobre os riscos, mas não será enviado via SMS," afirmou a Defesa Civil.
Fonte: G1
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