O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondeu nesta quarta-feira (9) à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% ao Brasil, ao mesmo tempo em que defendeu Jair Bolsonaro (PL) de perseguições por parte da justiça brasileira. Em suas declarações, Lula reafirmou a soberania do Brasil e a independência de suas instituições, afirmando que o país não aceitará ser tutelado por nenhuma nação.
Em uma publicação nas redes sociais e em nota oficial, Lula destacou que o processo judicial contra aqueles envolvidos na tentativa de golpe de estado em 2022 é exclusivamente da competência da Justiça brasileira e não deve sofrer qualquer ingerência externa. Ele também se manifestou sobre a liberdade de expressão e as plataformas digitais, enfatizando que o Brasil rejeita conteúdos de ódio e práticas violentas, e que todas as empresas, nacionais ou estrangeiras, devem seguir a legislação brasileira.
A nota de Lula menciona ainda que as alegações de déficit comercial dos Estados Unidos em relação ao Brasil são falsas, citando um superávit de 410 bilhões de dólares ao longo dos últimos 15 anos. Ele advertiu que qualquer elevação unilateral de tarifas será respondida conforme a Lei brasileira de Reciprocidade Econômica, reafirmando o compromisso com a soberania e os interesses do povo brasileiro.
Trump, por sua vez, criticou o tratamento dado a Bolsonaro, descrevendo-o como uma "vergonha internacional" e uma "caça às bruxas", pedindo o fim imediato do julgamento contra o presidente. A tensão entre os dois países se intensificou com a troca de declarações, refletindo um clima de descontentamento em relação às relações bilaterais e à política interna do Brasil.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, tem reforçado a narrativa de que as ações do STF contra Bolsonaro violam os direitos humanos, ecoando o discurso de outros apoiadores de Bolsonaro nos EUA.
Fonte: JR
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