Auditoria do TCU aponta R$ 4,4 bilhões pagos a pessoas mortas entre 2016 e 2025

Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) identificou o pagamento de R$ 4,4 bilhões em benefícios a pessoas já falecidas entre os anos de 2016 e 2025. Os valores envolvem benefícios previdenciários, trabalhistas, assistenciais (como o Bolsa Família) e até salários de servidores públicos ativos.

Inicialmente, o relator do processo, ministro Jorge Oliveira, havia citado um montante de R$ 2,7 bilhões, apurado até 2024. No entanto, o dado foi atualizado e ampliado para R$ 4,4 bilhões, com informações consolidadas até fevereiro de 2025.

De acordo com o relatório, uma das principais causas do problema está na inconsistência de dados no Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc), responsável por registrar nascimentos, casamentos e óbitos no país. A auditoria aponta que o sistema deixou de registrar aproximadamente 13,1 milhões de óbitos, o que facilitou os pagamentos indevidos.

Somente em fevereiro de 2025, mês mais recente analisado, o TCU constatou o repasse de R$ 21,2 milhões em benefícios previdenciários a mais de 11 mil pessoas com registros de óbito no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.

Além disso, o relatório aponta que 650 servidores, aposentados ou pensionistas da administração pública federal receberam salários ou benefícios mesmo constando como mortos no SIM, o que gerou um pagamento indevido de cerca de R$ 3,6 milhões apenas naquele mês.

Fonte: G1.

Postar um comentário

0 Comentários