O Brasil alcançou a menor taxa de fecundidade já registrada, com 1,6 filho por mulher, conforme os dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse número está abaixo do nível de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher, considerado necessário para manter a estabilidade populacional ao longo das gerações. Comparativamente, a taxa brasileira é inferior à de países como Nigéria (4,6) e França (1,8), mas superior a Argentina (1,5) e Itália (1,2).
A análise do Censo revela que a região Sudeste possui a menor taxa de fecundidade, com 1,41, enquanto a região Norte apresenta a maior, com 1,89. As diferenças na fecundidade também são observadas entre grupos sociais, com mulheres indígenas tendo uma média de 2,8 filhos, enquanto as brancas têm uma média de 1,4. O estudo também aponta que a fecundidade diminui à medida que o nível de escolaridade aumenta; mulheres com ensino superior têm, em média, apenas 1,2 filho. Além disso, as mulheres evangélicas têm uma taxa de fecundidade superior (1,7) em comparação a outras religiões.
A idade média das mulheres ao ter filhos aumentou para 28,1 anos, refletindo uma tendência de postergação da maternidade. Em 2022, observou-se que as mulheres estão tendo filhos mais tarde, com o grupo de 25 a 29 anos sendo o de maior taxa de fecundidade, enquanto o percentual de mulheres sem filhos cresceu de 10% em 2000 para 16% em 2022. Essa mudança é atribuída ao adiamento da maternidade e à diminuição do desejo de ter filhos, indicando uma transformação significativa no comportamento reprodutivo da população brasileira.
Fonte: G1
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