O Grupo Casas Bahia anunciou um novo plano com foco na redução do endividamento, que envolve a conversão antecipada de R$ 1,57 bilhão em debentures da segunda série em ações da empresa. Essa operação, que ainda precisa de aprovações internas e dos credores, pode reduzir pela metade a alavancagem da companhia e liberar recursos para novos investimentos. Se todas as debentures forem convertidas, serão emitidas 328,9 milhões de novas ações, correspondendo a 77,58% do capital social. O presidente Renato Franklin acredita que, apesar da diluição acionária, o plano criará valor a longo prazo.
Com a conversão, a dívida da empresa, que totalizou R$ 4,55 bilhões no primeiro trimestre, cairia para R$ 2,984 bilhões. O diretor financeiro, Elcio Ito, ressaltou que a alavancagem da companhia diminuiria pela metade, com a relação dívida líquida/Ebitda passando de 1,6 vez para 0,8 vez, e a dívida líquida sobre o capital total caindo de 61,8% para 33,1%. O plano antecipa a conversão das dívidas com os principais credores, Banco do Brasil e Bradesco, em ações, impulsionado por um cenário econômico desafiador e pressões do mercado.
Além disso, o plano inclui o reperfilamento das debentures da primeira série, adiando o início do pagamento de juros de novembro de 2026 para novembro de 2027 e alterando o cronograma de amortização do valor principal. A proposta foi discutida com investidores que representam mais da metade dos títulos dessa série e recebeu apoio. A Casas Bahia também solicitará autorização para realizar "eventos de liquidez", como a venda de ativos, com um limite de até R$ 500 milhões. A reunião do conselho para analisar essa questão está agendada para o dia 12.
Fonte: JR
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