Luto Gestacional: A dor silenciosa que afeta muitas famílias, principalmente a mães.


A apresentadora Tati Machado, da TV Globo, recentemente enfrentou a dor da perda de seu bebê, que aguardava na reta final da gestação, com 33 semanas. Essa tragédia ressoa com a experiência de muitas mulheres que lidam com o luto gestacional, uma realidade muitas vezes silenciosa, mas profundamente dolorosa. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Unicef destacam que mais de 5 milhões de crianças morrem anualmente no mundo, com uma parte significativa dessas mortes ocorrendo no Brasil, que registrou 24.237 óbitos fetais e 20.007 mortes neonatais apenas em 2024. A mortalidade perinatal se tornou uma questão crítica, reconhecida pela ONU como uma prioridade global.

Fernanda Marques, psicóloga da região, compartilha sua experiência de perda, tendo enfrentado a morte de sua filha Giovana aos seis meses de gestação, devido ao Parvovírus B19. Apesar de uma gestação inicialmente tranquila, a perda inesperada resultou em um luto profundo para Fernanda e sua família, que voltou para casa com os braços vazios. A médica Karayna Gil Fernandes, responsável por um ambulatório de perdas gestacionais, explica que muitas dessas situações são imprevisíveis, causadas por infecções ou condições médicas que podem surgir sem aviso. Ela enfatiza a importância do acompanhamento médico rigoroso durante a gestação para minimizar riscos.

Apesar da dor, Fernanda encontrou forças para seguir em frente e, um ano depois, deu à luz sua terceira filha, Lorena. Em abril, o Senado aprovou um projeto de lei que garante direitos às mulheres que enfrentam perdas gestacionais e neonatais, um passo importante para transformar o luto invisível em acolhimento e dar voz àquelas que passaram por essas experiências devastadoras. O projeto agora aguarda sanção presidencial, representando um avanço significativo para muitas mães que vivem essa realidade.

Fonte: JJ

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