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segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Região - Ex-GM e família são executados; vítima iria a júri popular

Destino de muitos romeiros, o município de Pirapora do Bom Jesus, localizado a menos de uma hora de Jundiaí, foi palco, durante este fim de semana, de uma execução brutal envolvendo um ex-guarda municipal e sua família.

Paulo Correa de Souza Junior tinha 40 anos e tralhava, atualmente, como advogado, com escritório em Carapicuíba. Ele foi baleado na Estrada Francisco Missé (de terra) junto a mulher, Ana Caroline Ferreira da Silva, 31, a mãe, Marlene Aparecida de Souza, 64, e o padrasto, identificado como Israel Aparecido Vintorin, 45.

O ex-GM, que permaneceu na corporação por 10 anos, pediu afastamento no ano passado para atuar como advogado. Ele era réu em processo criminal de tentativa de assassinato contra três pessoas em abril de 2020. O crime ocorreu em Santana do Parnaíba.

No último sábado, Paulo Correa conduzia seu veículo Prisma, de cor verde, quando foi surpreendido pelos disparos. Ele, a esposa, a mãe e o padrasto, que seguiam para destino ainda ignorado pela polícia, nada puderam fazer e morreram ainda no local.

Policiais militares e civis foram acionados e estiveram na cena do crime para acompanhar os trabalhos de peritos do Instituto de Criminalística (IC). Além da delegacia de Pirapora do Bom Jesus, o caso será investigado pelo Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) da Seccional de Carapicuíba.< /p>

Réu

A reportagem teve acesso ao processo criminal contra Paulo Correa. De acordo com os autos, no dia 4 de abril de 2020, ele esteve em uma festa, onde se desentendeu com uma mulher por causa de bebida. 

Conforme relato do apurado pela polícia, base na denúncia do Ministério Público (MP), a mulher teria pedido uma bebida ao então GM, que passou a ofendê-la, dizendo que, por não ter levado nada pra o churrasco, não tinha o direito de beber”. 

Ele teria ainda proferido um palavrão contra a pessoa e tentado agredi-la, quando então foi contido por alguns convidados. Segundo a denúncia, Paulo chegou a ser aproximar novamente da mulher para dizer que aproveitasse bem a festa, “pois naquele momento estava sem farda, mas, no dia seguinte, estaria com farda e voltaria para pegá-la”.

Ele teria deixado a festa, mas aguardado do lado de fora. Já a mulher, ao resolver ir embora com outro convidado, pegou uma carona com o proprietário da casa. Na saída, dentro do carro, os ocupantes notaram que Paulo os aguardava armado, mandando que parassem.

O motorista, no entanto, decidiu aceleram e, neste momento, o agente disparou quatro vezes contra o veículo, causando perfurações no porta-malas e na lateral direita. Segundo o MP, o réu agiu com intenção de matar e só não consumou o delito “por circunstâncias alheias a sua vontade”.

Ele teria perseguido ainda as vítimas em sua moto, sem, contudo, conseguir alcançá-las. Já em sua defesa, Paulo confessou os disparos, mas alegou que não pretendia atingir os ocupantes do carro, o que poderia ter feito em razão de, no momento dos tiros, estar perto do veículo e ser “treinado”.

Em janeiro deste ano, sentença do juiz responsável pelo caso aceitou pedido do MP para que o ex-GM fosse a júri popular. A ele, que entrou com recurso, foi permitido aguardar o procedimento em liberdade.

Fonte: Imprensa Policial

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