Banco é condenado a indenizar cobrador de ônibus em mil reais após depositar R$ 15,5 bilhões por engano na conta dele - A Voz da Região

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quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Banco é condenado a indenizar cobrador de ônibus em mil reais após depositar R$ 15,5 bilhões por engano na conta dele

Jairo Xavier Evangelista, um cobrador de ônibus de 51 anos, morador de Valparaíso de Goiás (GO) ,descobriu que, do dia para noite, havia ficado bilionário, ao encontrar pouco mais de R$ 15,5 bilhões na sua conta bancária.

Ciente de que se tratava de um engano, Jairo se dirigiu à agência para alertar e foi aí que seus problemas começaram. Isso porque o banco, após o aviso, bloqueou o cartão do cobrador, para impedir que o dinheiro fosse usado, mas sem avisar o cliente e também o impedindo de usar o próprio dinheiro que tinha guardado.

O caso ocorreu em abril de 2019 e Jairo disse que ligou para uma agência, mas foi informado que deveria se dirigir a uma agência. Quando foi abastecer o carro para ir até o banco em Taguatinga, a cerca de 40 quilômetros de onde mora, o cartão já estava bloqueado.

"É até difícil de acreditar. Tive tanta dor de cabeça com esse problema. Fiquei sem trabalhar alguns dias, pois não consegui usar o cartão para sacar o dinheiro que tinha lá. Depois, precisei pegar dinheiro emprestado para ir até a agência e resolver tudo. Não consegui folga no emprego e tive que pagar a alguém para trabalhar para mim. Tudo isso porque não me avisaram que o cartão seria bloqueado. Acabei sendo prejudicado por um erro que não foi meu. Mas, para a Justiça, não foi nada de mais", lamentou o cobrador, em entrevista ao R7, após contar que venceu uma ação na Justiça em que pedia reparação, que condenou o banco a indenizá-lo em mil reais.

Jairo entrou com a ação em 2020, pedindo reparação no valor de R$ 10 mil. A decisão saiu no último dia 17 de agosto, com o juiz estipulando o valor de R$ 1 mil, por considerar que "o autor não juntou qualquer elemento de prova das suas alegações", ainda que seja "justo, razoável e proporcional ao dano apurado nos autos" os problemas de atendimento do banco.

Jairo comentou que ficou com a sensação de impunidade, mas não se arrepende de ter devolvido o dinheiro, que não era dela. "Se o banco colocasse de novo, eu ligaria lá de novo para avisar do erro e devolveria o dinheiro. Tonos nós temos que ser honestos. Tenho meu salário e meu trabalho, e é isso que importa. Vida que segue". 

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