São Paulo registra recorde de feminicídios em 2025

 




Em 2025, a cidade de São Paulo atingiu um triste marco ao registrar o maior número de casos de feminicídio desde o início da série histórica, em abril de 2015. Entre janeiro e outubro, foram contabilizadas 53 ocorrências, estabelecendo um recorde para a capital paulista.


Mesmo sem os dados referentes aos meses de novembro e dezembro, o ano já apresenta um aumento significativo em relação aos anos anteriores, como demonstrado pelos dados levantados pela GloboNews a partir do Portal da Transparência da Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo.


Os dados são referentes apenas aos feminicídios consumados, não incluindo as tentativas, como o caso recente de uma mulher que foi atropelada e arrastada por mais de 1 km no dia 29.


Estatísticas de Feminicídios em São Paulo:

- 2025 (até outubro): 53

- 2024: 51

- 2023: 38

- 2022: 41

- 2021: 33

- 2020: 40

- 2019: 44

- 2018: 29

- 2017:26

- 2016: 13

- 2015 (a partir de abril): 6


O crime de feminicídio foi tipificado em lei federal em março de 2015, permitindo que os casos fossem contabilizados separadamente de outros tipos de homicídio. A legislação considera feminicídio o assassinato que envolve violência doméstica e familiar, além do menosprezo ou discriminação em relação à condição de mulher da vítima. As penas para esse crime variam de 12 a 30 anos de prisão.


No estado de São Paulo, foram registrados 207 feminicídios entre janeiro e outubro deste ano, um aumento de 8% em comparação ao mesmo período do ano anterior, que registrou 191 casos.


Silvana Mariano, coordenadora do Laboratório de Estudos de Feminicídios (Lesfem), aponta que o aumento nos registros pode ser atribuído não apenas ao crescimento da misoginia, mas também à eficácia da Lei do Feminicídio, que tipifica o crime como homicídio qualificado e crime hediondo. "Uma hipótese que tínhamos com a nova lei, considerando o feminicídio como crime autônomo, era de que isso também contribuiria para o crescimento dos números", afirma Mariano.


Fonte: G1

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