O Ministério do Planejamento e Orçamento anunciou que o salário mínimo será de R$ 1.621 em 2026, um aumento de R$ 103 em relação aos atuais R$ 1.518. O reajuste de 6,79% entrará em vigor em janeiro, refletindo no pagamento que os trabalhadores receberão em fevereiro.
O aumento será baseado em dois índices: a inflação medida pelo INPC nos últimos 12 meses e o crescimento real do PIB de 2024, que foi de 3,4%. Contudo, uma lei aprovada em dezembro limita o aumento real a 2,5%.
Com a inflação de 4,4% (divulgada pelo IBGE) e o limite de 2,5% para o crescimento real, o reajuste se torna mais contido. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para cerca de 59,9 milhões de brasileiros, incluindo trabalhadores, aposentadorias e benefícios sociais.
O aumento do salário mínimo impacta diretamente as contas públicas, pois eleva as despesas com benefícios previdenciários e outros valores que não podem ser inferiores ao mínimo. O governo estima que cada R$ 1 de aumento no salário mínimo gera uma despesa adicional de aproximadamente R$ 420 milhões, resultando em um acréscimo de cerca de R$ 43,2 bilhões nas despesas obrigatórias em 2026.
Economistas sugerem desvincular os benefícios previdenciários do salário mínimo para evitar um aumento excessivo da dívida pública, enquanto o Dieese aponta que o salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.067,18.
Fonte: G1


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