Em Araçoiaba da Serra (SP), o Núcleo de Conservação trabalha para preservar a arara-azul-de-lear, uma espécie ameaçada de extinção no Brasil, que conta atualmente com cerca de 2,2 mil indivíduos. Essas aves vivem na Caatinga, no nordeste da Bahia, e enfrentam desafios como a destruição do habitat natural e o tráfico de animais silvestres, que afetam seu comportamento e reprodução.
A veterinária-chefe, Mayara Caiaffa, destaca que o núcleo abriga tanto aves nascidas no local quanto aquelas resgatadas, muitas com marcas do tráfico.
Os profissionais do Centro de Conservação monitoram de perto a alimentação e os estímulos das araras, criando um ambiente propício para seu desenvolvimento. Algumas aves são reabilitadas para retorno à natureza, enquanto outras permanecem no núcleo devido à dificuldade de sobrevivência.
Além das araras-azuis-de-lear, o local abriga outras espécies ameaçadas, como o mico-leão-preto e a perereca-pintada-do-rio-pomba, cujos habitats são cuidadosamente simulados.
A reprodução das araras-azuis-de-lear é complexa, pois elas são monogâmicas e precisam encontrar o par ideal. O núcleo possui 12 aves, mas apenas um casal reprodutor ativo. O processo de reprodução é demorado, levando até três anos após a formação do casal para que os ovos sejam postos.
Com cerca de três ovos por ciclo, cada nova ninhada representa uma esperança para a continuidade dessa espécie rara.
Fonte: G1


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