O Brasil tem registrado um aumento significativo no número de tornados nos últimos anos, especialmente na região Sul, que possui condições atmosféricas favoráveis à formação de tempestades severas. Especialistas, como Ernani Lima do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), explicam que o tornado é uma coluna giratória que se forma a partir de nuvens de tempestade e pode durar de 10 a 15 minutos, apresentando poder destrutivo considerável.
Recentemente, um "outbreak" de tornados ocorreu em municípios do Paraná e Santa Catarina, com mais de 10 tornados sendo registrados, incluindo um classificado como nível 3 na escala Fujita.
A combinação de massas de ar quente e úmida da Amazônia com ar frio e seco da Argentina cria um ambiente propício para a formação de tornados no Sul do Brasil. Essa área é considerada um dos maiores corredores de tornados do mundo.
O aumento nos registros de tornados é preocupante, com um levantamento indicando uma elevação de 55 ocorrências em 2021 para 88 em 2023, podendo esse número aumentar em 2025. Os pesquisadores sugerem que as mudanças climáticas podem estar influenciando essa tendência, embora essa hipótese ainda esteja sob investigação.
Diante do aumento dos tornados, especialistas pedem um maior investimento em previsão e monitoramento meteorológico. Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pesquisadores realizam estudos sobre o efeito do vento em edificações para garantir que as construções sejam mais resistentes a fenômenos severos.
As normas técnicas atuais estabelecem velocidades específicas que as estruturas devem suportar, e a implementação dessas diretrizes poderia ajudar a prevenir muitos acidentes relacionados a tornados. A previsão adequada de condições que favorecem a formação de tornados é essencial, e especialistas afirmam que o Brasil precisa avançar nesse campo para proteger a população.
Fonte: G1

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