Processo de Encerramento da Fábrica da Omron em Jundiaí Deixa Mais de 100 Trabalhadores Desempregados

 


No dia 4 de agosto de 2025, os funcionários da Omron Healthcare, em Jundiaí, foram chamados para uma reunião no início do turno com a presidente da unidade. Durante o encontro, ela informou que as notícias não eram boas: a matriz japonesa havia decidido encerrar as operações fabris no Brasil, mantendo apenas a área logística da empresa, localizada em Extrema (MG).


Segundo a presidente, o motivo do fechamento estaria ligado à queda nos lucros nos últimos anos. Em 2022, a Omron registrou lucro de R$ 11 milhões; em 2023, o valor caiu para R$ 2 milhões. Mesmo com esforços para recuperar o desempenho em 2024, os resultados não foram satisfatórios. Diante disso, a Omron do Japão optou por encerrar o CNPJ da operação industrial no país.


Ainda na reunião, foi informado que a empresa promoveria ações para ajudar os trabalhadores na recolocação no mercado, incluindo um feirão de empregos no dia da demissão. O Sindicato também foi chamado para dialogar com os colaboradores sobre os detalhes da transição e dos direitos trabalhistas.


No dia 1º de outubro de 2025, a demissão em massa foi efetivada, impactando mais de 100 pais e mães de família. Curiosamente, o mês de setembro foi o de maior produção do ano, já que os funcionários se empenharam para concluir as metas antes do encerramento das atividades.


Em negociação com o sindicato, foram definidos bônus e benefícios compensatórios:

 • Funcionários efetivos receberam dois salários extras na rescisão, convênio médico e odontológico até dezembro, vale-alimentação até dezembro e todas as verbas rescisórias.

 • Funcionários temporários receberam dois salários extras, dois bônus de R$ 400,00 e as verbas rescisórias correspondentes, já que não tinham convênio médico.


O fechamento da fábrica representa uma grande perda para o parque industrial de Jundiaí e para região metropolitana por terem funcionários de toda região.


Nossa equipe tentou contato com a empresa, mas não obtivemos nenhuma resposta até o fechamento dessa reportagem.



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