Policial do Bope que Perdeu a Vida em Operação Enviou Mensagens à Esposa Durante o Confronto: "Continua Orando"

 




A esposa de um dos policiais mortos durante a megaoperação das polícias Civil e Militar nos complexos do Alemão e da Penha compartilhou nas redes sociais a última troca de mensagens que teve com o marido, o 3º sargento do Bope, Heber Carvalho da Fonseca, de 39 anos. Ele foi atingido durante um confronto com criminosos na manhã de terça-feira (28) e não resistiu aos ferimentos.


No print publicado nos stories do Instagram, Jéssica Araújo mostra as mensagens trocadas com Heber enquanto ele ainda participava da ação. O diálogo começa pouco depois das 10h, quando ela pergunta: “Você tá bem?” e “Deus está te cobrindo”. Heber responde às 10h57: “Estou bem, continua orando”. Jéssica, preocupada, insiste: “Te amo”, “Cuidado pelo amor de Deus”, e “Muitos baleados”. Ela pede ainda: “Me dá sinal de vida sempre que puder”. 


As mensagens seguintes mostram uma sequência de ligações de voz não atendidas entre 13h33 e 13h36. Em sua publicação, Jéssica desabafou: “E você não falou mais. E agora o que vou falar pra Sofia?”. 


Em outra postagem, ela escreveu: “Pensa em um cara corajoso, que correu atrás dos sonhos e objetivos. Quanto orgulho dessa profissão e orgulho para todos que tiveram a oportunidade de te conhecer. Você era maravilhoso, obrigada por esses anos ao meu lado. Você é o meu eterno herói, ETERNO 33”.


Ainda sem acreditar na morte do marido, Jéssica fez uma nova postagem, desta vez com a foto da família, onde lembrou o que Heber costumava dizer quando algum colega era morto durante o trabalho. Ele mencionava ter uma “senha” em suas mãos e que, quando isso acontecesse com ele, faria o que mais amava. “E a gente nunca acredita, esse dia chegou. Não consigo explicar essa dor”, escreveu.


O sargento Heber Carvalho era lotado no Batalhão de Operações Especiais (Bope) e morreu em serviço durante uma ação considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro. Segundo nota oficial, ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital Getúlio Vargas, mas não sobreviveu aos ferimentos.


A megaoperação resultou em 121 mortos, incluindo quatro policiais e 117 suspeitos ligados ao Comando Vermelho. Heber deixa esposa, uma filha e dois enteados. A Polícia Militar divulgou uma nota lamentando a morte do sargento, destacando sua trajetória de coragem e compromisso com o serviço público.


Fonte: G1



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