Durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira (6), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez uma declaração em tom de brincadeira sobre os casos de intoxicação por metanol, afirmando que só se preocuparia com o problema quando começassem a adulterar Coca-Cola.
A declaração surgiu após uma reunião com representantes do setor de bebidas, que demonstraram disposição para colaborar nas investigações sobre a falsificação de bebidas. Tarcísio destacou a crise de confiança enfrentada pelas empresas e a necessidade de ações integradas entre o estado e a iniciativa privada para restabelecer essa confiança.
Atualmente, São Paulo concentra a maior parte dos registros de intoxicação por metanol no Brasil, com 15 casos confirmados e 164 em análise. O metanol, um álcool industrial perigoso, pode causar sérios danos à saúde, incluindo cegueira e morte.
As investigações da polícia estão focadas em duas linhas principais: a possibilidade de que o metanol tenha sido usado para higienizar garrafas reaproveitadas e a hipótese de que tenha sido adicionado para aumentar o volume de bebidas falsificadas.
A perícia já confirmou a presença de metanol em bebidas de duas distribuidoras no estado. O governador anunciou que solicitará à Justiça a destruição de garrafas e outros materiais apreendidos nas fiscalizações.
Tanto Tarcísio quanto o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afastaram a hipótese de envolvimento de facções criminosas, afirmando que o negócio de bebidas adulteradas é menos lucrativo em comparação ao tráfico de drogas. Especialistas alertam que, no momento, nenhuma bebida pode ser considerada totalmente segura e recomendam que os consumidores fiquem atentos a embalagens suspeitas e preços muito baixos.
Fonte: G1
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