A Petrobras recebeu, nesta segunda-feira, 20 de outubro, a licença de operação do Ibama para perfurar um poço exploratório em águas profundas na região da Foz do Amazonas, considerada uma nova fronteira de petróleo e gás no Brasil.
A concessão da licença ocorreu após a empresa realizar uma série de aperfeiçoamentos em seu projeto, demonstrando a robustez da estrutura de proteção ambiental que será utilizada durante a perfuração. A Petrobras ressaltou que a exploração dessas novas fronteiras é crucial para garantir a segurança energética do país e os recursos necessários para uma transição energética justa.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comemorou a decisão, afirmando que a exploração na Margem Equatorial é vital para a soberania energética do Brasil. No entanto, a licença gerou reações negativas de ambientalistas e entidades, que a consideraram um golpe nas políticas ambientais, especialmente à véspera da COP30.
O bloco FZA-M-059, onde ocorrerá a perfuração, está localizado a cerca de 500 km da foz do Rio Amazonas e a 175 km da costa, e a expectativa é que a área contenha reservas significativas, potencialmente permitindo a exploração de até 1,1 milhão de barris de petróleo por dia.
O processo de licenciamento ambiental do bloco começou em 2014, e a licença foi aprovada após intensas discussões entre o Ibama e a Petrobras. O órgão ambiental destacou a necessidade de aprimoramentos, incluindo a construção de um novo Centro de Reabilitação e Despetrolização em Oiapoque (AP), como parte das exigências para a viabilização do projeto.
Apesar de a fase atual ser apenas exploratória, a licença representa uma vitória para a Petrobras, enquanto ambientalistas alertam para os riscos associados à exploração de combustíveis fósseis em um contexto de crescente preocupação com as mudanças climáticas.
Fonte: G1

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