Cientistas capturam ruptura de Placa Tectônica no Oceano Canadense usando ultrassom geológico


Cientistas realizaram a primeira observação detalhada do rompimento de uma placa tectônica subaquática, utilizando uma técnica inovadora de “ultrassom geológico”. Ondas sonoras enviadas de um navio de pesquisa penetraram o fundo do mar, revelando, pela primeira vez, estruturas ocultas a quilômetros de profundidade na crosta terrestre.

As imagens sísmicas obtidas na costa da Ilha de Vancouver, no Canadá, mostram que uma zona de subducção antiga está se fragmentando, indicando o surgimento de uma nova fronteira entre placas tectônicas e oferecendo insights sobre a reorganização do planeta ao longo de milhões de anos.

O estudo, liderado por pesquisadores da Universidade Estadual da Louisiana e publicado na revista "Science Advances", identificou a separação da microplaca Explorer da antiga placa oceânica de Farallon, um fenômeno conhecido como rasgo de placa. Essa fratura pode alterar a dinâmica interna da Terra, impactando, no futuro, os padrões de terremotos e vulcões no Pacífico Norte.

A técnica de reflexão sísmica, semelhante ao ultrassom médico, usou ondas sonoras potentes que atravessaram o oceano, permitindo a visualização em 3D da zona de subducção de Cascadia, revelando falhas e fraturas que indicam um processo de rompimento iniciado há cerca de 4 milhões de anos.

A pesquisa fornece uma compreensão mais ampla sobre como as zonas de subducção chegam ao fim e suas implicações para a redistribuição das forças internas do planeta. Embora o processo de ruptura seja gradual e não represente um risco imediato para as populações, ele é parte natural do ciclo das placas tectônicas, moldando continentes e oceanos ao longo de bilhões de anos.

Além disso, a ruptura pode permitir a ascensão de magma quente, explicando o surgimento de novos vulcões no oeste do Canadá, e destaca a importância de monitorar mudanças na atividade sísmica e vulcânica global.

Fonte: G1

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