A universitária Ana Paula Veloso Fernandes, identificada pela polícia como "serial killer", está presa sob a acusação de envenenar e assassinar quatro pessoas nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. Durante seu interrogatório, realizado em 25 de agosto, Ana Paula confessou também ter matado pelo menos 14 cães, utilizando veneno conhecido como "chumbinho".
A investigação revela que, entre os animais mortos, dez eram filhotes pertencentes à sua irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, e quatro eram adultos que estavam com o ex-marido da estudante de Direito.
O delegado Halisson Ideiao Leite, que conduziu o interrogatório, questionou Ana Paula sobre o uso do veneno. Ela afirmou que já tinha o chumbinho em casa, pois havia matado um cachorro anteriormente. Sua declaração levantou preocupações sobre a possibilidade de os cães terem sido envenenados antes de suas mortes. Roberta, irmã de Ana Paula, também está presa por suspeita de envolvimento nos assassinatos, e Michelle Paiva da Silva, filha de uma das vítimas, foi detida por sua participação no crime.
O caso gerou revolta na comunidade, principalmente pela falta de informação sobre os crimes. O delegado declarou que Ana Paula confessou ter matado os filhotes e detalhou como o veneno seria administrado. A polícia apreendeu um veneno agrícola em sua residência, que pode ter sido usado para eliminar os cães adultos. Durante a investigação, três cachorros resgatados da casa de Ana Paula foram levados para um abrigo em Guarulhos e estão disponíveis para adoção.
O ex-marido de Ana Paula, que preferiu não ser identificado, também relatou que a universitária matou quatro cães que ele possuía antes de conhecê-la. Ele suspeitou de envenenamento após observar os animais apresentando sintomas antes de morrer.
A situação se agravou durante o casamento, que durou seis meses, quando ele se separou dela devido a comportamentos agressivos e destrutivos. Ana Paula permanece presa desde julho, enquanto Roberta foi detida em agosto e Michelle em outubro. A defesa das acusadas não foi localizada para comentar a situação até o momento.
Fonte: G1
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