Prefeito de São Bernardo do Campo é afastado após operação da PF sobre corrupção

 



O prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima (Podemos), foi afastado do cargo por um ano após uma operação da Polícia Federal realizada nesta quinta-feira (14), que investiga um suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na prefeitura. Durante a operação, um empresário e um servidor público foram presos.


A investigação teve início após a polícia encontrar R$ 14 milhões com um servidor considerado o operador financeiro do prefeito. Segundo a PF, há indícios de corrupção e pagamento de propina em contratos nas áreas de obras, saúde e manutenção.


Apesar da polícia ter solicitado a prisão de Lima, a Justiça negou o pedido, mas determinou seu afastamento do cargo e a utilização de tornozeleira eletrônica, que será instalada após as buscas em sua residência.


O atual presidente da Câmara Municipal e primo do prefeito, vereador Danilo Lima Ramos (Podemos), também é alvo das investigações, assim como o suplente de vereador Ary José de Oliveira (PRTB).


A gestão de Marcelo Lima não se manifestou até a última atualização da reportagem, e a defesa dos envolvidos ainda não foi localizada.


Com o afastamento do prefeito, a vice-prefeita Jessica Cormick, do Avante, assumirá o comando da cidade. Aos 38 anos, ela é sargento da Polícia Militar e está em seu primeiro cargo público.


Na operação, batizada de "Estafeta", foi preso o empresário Edmilson Carvalho, sócio da Terraplanagem Alzira Franco Ltda., que possui contrato com a prefeitura. A PF apreendeu R$ 400 mil em sua residência. Outro preso, Antonio Rene da Silva, é servidor da prefeitura e atua como Diretor de Departamento na Secretaria de Coordenação Governamental.


A investigação também revelou que o servidor Paulo Iran, auxiliar legislativo da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), é considerado foragido, com um7 mandado de prisão decretado contra ele. Ele é acusado de pagar contas do prefeito e de sua família.


A PF continua a cumprir 20 mandados de busca e apreensão, além de medidas de quebra de sigilos bancário e fiscal em várias cidades da região. Os envolvidos poderão responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa.


Fonte: G1

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