O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou em entrevista à GloboNews que a punição sumária de parlamentares envolvidos no motim que obstruiu os trabalhos da Casa não seria adequada. Motta optou por encaminhar o caso à Corregedoria da Câmara, seguindo um rito ordinário que permite defesa e análise mais detalhada. Ele enfatizou que a obstrução do trabalho legislativo por vários parlamentares não deveria ser tratada de forma apressada e que a Corregedoria deve realizar uma apuração imparcial e firme.
Durante o motim, a Câmara ficou paralisada por 36 horas após a ocupação da mesa diretora por parlamentares aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Motta reconheceu que houve negociações para a desocupação, com a participação de líderes da oposição e do ex-presidente da Casa, Arthur Lira. O presidente também defendeu que não deve haver preconceito em relação a pautas, como a anistia e o foro privilegiado, afirmando que interromper o debate prejudica a Casa e os direitos dos parlamentares.
As propostas em discussão incluem a anistia para condenados pelos atos de 8 de janeiro e mudanças no foro privilegiado, que determinam que parlamentares sejam julgados pelo STF. Motta destacou a complexidade do debate sobre o foro e a necessidade de esclarecer os objetivos por trás das mudanças. Apesar da expectativa de que o tema fosse discutido em breve, Motta não incluiu a proposta na agenda de votações desta semana, negando a existência de um acordo para colocá-la em pauta.
Fonte: G1

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