Mais de 38 anos de prisão para o homem acusado de matar namorada que foi encontrada carbonizada em Itu

Joberson Dias da Silva Filho foi condenado a 38 anos e oito meses de prisão pelo assassinato de Michele Pedroso Gavioli, cujos restos mortais foram encontrados carbonizados dentro de um carro em novembro do ano passado. Ele foi considerado culpado pelos crimes de feminicídio e destruição de cadáver, devendo cumprir a pena em regime inicial fechado.

A pena por feminicídio foi fixada em 37 anos e 4 meses, enquanto a condenação por destruição de cadáver somou 1 ano e 4 meses. Além disso, Joberson foi condenado ao pagamento de 13 dias-multa.

O juiz Hélio Villaça Furukawa determinou que Joberson não poderia recorrer em liberdade devido à gravidade do crime e à fuga para o Rio de Janeiro logo após o feminicídio. Durante o julgamento, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) ouviu cinco testemunhas, além do interrogatório do réu.

Joberson foi preso no dia 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro, sendo o principal suspeito do desaparecimento de Michele, que era sua namorada.

A irmã da vítima, Milena Pedroso Gavioli, expressou alívio com a condenação. "Não vai trazer ela de volta, mas a justiça foi feita", afirmou.

Relembre o Caso

O corpo de Michele foi encontrado em seu veículo em chamas, às margens da Rodovia Castello Branco (SP-280), na madrugada em que foi vista pela última vez. Após seis meses de exames no Instituto Médico Legal (IML), o corpo foi liberado e enterrado em 21 de maio deste ano, no Cemitério Municipal de Itu. Na ocasião, Milena relatou que a família já não alimentava esperanças de encontrá-la viva. "A gente já sabia que era ela. Não tínhamos esperança de que ela fosse aparecer viva. Agora o que resta é aceitar. Mas a dor nunca vai passar. Vamos ter que aprender a conviver com a dor e a saudade da pessoa que unia nossa família", desabafou.

Imagens de uma câmera de segurança mostraram o momento em que Michele foi colocada desacordada em seu veículo por Joberson. As gravações mostram que os dois chegaram juntos à casa dela por volta das 2h, e aproximadamente uma hora depois, o suspeito saiu com Michele no colo e a colocou dentro do carro, deixando o local em seguida.

Fonte: G1