Vacinação contra meningite: Pais devem garantir que os filhos recebam a dose de reforço

A partir de terça-feira (1º), a dose de reforço da vacina contra a meningite, indicada para bebês aos 12 meses, passará a ser aplicada com o imunizante ACWY na rede pública de saúde. Essa atualização visa ampliar a proteção contra mais sorotipos do meningococo, a bactéria responsável por casos graves da doença. Anteriormente, o esquema vacinal no Sistema Único de Saúde (SUS) incluía duas doses da vacina meningocócica do tipo C e uma dose de reforço com o mesmo imunizante aos 12 meses. Com a mudança, essa última dose passa a incluir a vacina ACWY, que protege não apenas contra o tipo C, mas também contra os subgrupos A, W e Y.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que agora o SUS oferece mais proteção contra formas graves de meningite bacteriana, com a vacina ACWY sendo disponibilizada também para crianças de até um ano. Crianças que já tomaram as duas doses da vacina meningocócica C e a dose de reforço não precisam receber a ACWY neste momento, enquanto aquelas que ainda não foram vacinadas aos 12 meses podem recebê-la. Essa mudança foi anunciada na Nota Técnica n° 77/2025, que detalha os esquemas vacinais recomendados.

Em 2025, o Brasil registrou até agora 4.406 casos confirmados de meningite, sendo 1.731 causados por bactérias. A meningite é uma inflamação das meninges, que pode ter causas bacterianas, virais, fúngicas ou parasitárias. O tratamento varia conforme o micro-organismo causador, com antibióticos sendo utilizados para casos bacterianos. A baixa cobertura vacinal é uma preocupação, pois pode favorecer a circulação de bactérias resistentes, tornando o tratamento mais complexo e arriscado. Nos casos virais, geralmente menos graves, o foco do tratamento é aliviar os sintomas.

Fonte: JR