Luto: Jundiaí se despede do Professor Roberto Storani

 


Na noite de segunda-feira (14)  faleceu o professor Roberto Storani, que completou 94 anos no último dia 4. Ele se tornou uma figura marcante para várias gerações de jundiaienses que estudaram nas, então chamadas, Escolas Padre Anchieta, onde começou a lecionar a convite de Pedro Fornari.


Storani atuou no Colégio Anchieta até 1963, quando recebeu um convite para se juntar ao Colégio Divino Salvador, onde permaneceu por três décadas. Proveniente de uma família tradicional da região — seu tio-avô, Benedito Storani, foi responsável pela doação das terras para a instalação do Colégio Agrícola, localizado na área do Parque Eloy Chaves —, Roberto foi aluno de uma escola no Retiro. O pai dele era amigo do Padre Arthur Ricci, e essa amizade influenciou sua decisão de estudar no Seminário Metropolitano de Pirapora do Bom Jesus, onde ingressou em 1944 e ficou por seis anos.


Posteriormente, ele se matriculou no Seminário Maior do Ipiranga, na capital, para concluir seus estudos. Durante esse período, cursou Filosofia e o primeiro ano de Teologia, começando a lecionar Latim nas Escolas Padre Anchieta. Aos 32 anos, foi convidado pelo diretor da época, Padre Gabriel Contini, para ensinar Língua Portuguesa no Divino Salvador. Na mesma conversa, Padre Gabriel pediu a ele que assumisse a função de 'mestre de disciplina', como era conhecido o cargo na época.


Storani acumulou inúmeras histórias pelos corredores do Colégio Divino Salvador. Entre os episódios mais famosos, destaca-se o furto constante de uma sineta que ele usava para sinalizar o intervalo entre as aulas, frequentemente escondida pelos alunos. Outro aspecto notório era o temido 'bilhete amarelo', uma notificação enviada aos pais dos alunos que cometiam alguma infração. Storani sempre minimizou essas situações, referindo-se a elas como 'coisa de moleque'. Essa visão foi corroborada por ex-alunos como Washington Simões e Evandro Grioles, que compartilharam suas memórias em um livro lançado no ano passado, em celebração aos setenta anos do Colégio.


Roberto Storani será sempre lembrado e querido por todos os ex-alunos, professores, diretores e funcionários com quem interagiu, que expressaram suas condolências nas redes sociais. O Colégio Divino também lamentou sua partida.


O corpo de Roberto Storani foi sepultado na manhã de terça-feira (15) no Cemitério Nossa Senhora do Desterro.

Fonte: JR

Postar um comentário

0 Comentários