A moradora de Cabreúva, Cristina Oliveira, usou as redes sociais para fazer um apelo e cobrar ações dos governantes. Em entrevista à Redação do Portal da Cidade, ela relatou que sua filha, diagnosticada com autismo severo (grau 3), está sem tratamento adequado desde fevereiro deste ano. Anteriormente, a menina recebia atendimento de psicólogo e psiquiatra no CRICA, mas após o laudo oficial, Cristina foi orientada a procurar a APAE. No entanto, mesmo com o encaminhamento em mãos, a família nunca recebeu uma convocação.
Desde então, a criança tem sido acompanhada apenas por um neurologista a cada três meses. “Ela tem tido muitas crises e não quer mais ir para a escola. Ter uma criança autista já é desafiador; sem tratamento, torna-se quase impossível”, desabafa Cristina.
O desabafo de Cristina trouxe à tona uma realidade que afeta diversas outras famílias. Nos comentários, outras mães relataram enfrentar problemas semelhantes. Ingryd Moura destacou que há mais de 280 crianças aguardando atendimento na APAE: “Procuramos a prefeitura, vereadores, e ninguém faz nada”, afirmou.
A demora no atendimento e a falta de transparência na fila da APAE têm gerado críticas constantes. Danieli relatou que seu filho, também autista e não verbal, ainda não recebeu nenhuma assistência do município. “Já tentei fraldas, terapia, qualquer tipo de ajuda. Nada. Cabreúva está abandonada”, disse.
Diante dessa situação, muitos sugerem buscar a Defensoria Pública ou ingressar com ações judiciais para garantir os direitos das crianças. “Iniciar um processo pode ser o único caminho quando o SUS falha e não se tem plano de saúde”, explicou Gerlane Fukano.
Enquanto isso, mães como Cristina continuam lutando para que seus filhos tenham acesso ao mínimo de dignidade e cuidado.
Fonte: Portal da Cidade Cabreúva
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