🎞🎟📽 | Cinema de rua em Jundiaí: memórias, amores e saudades de uma época marcante


 Os antigos cinemas de rua ocuparam o imaginário popular, despertando sentimentos nostálgicos em quem viveu essa época. Em Jundiaí, mais de 15 cinemas fizeram parte da paisagem urbana e cultural da cidade, marcando gerações com sessões que iam muito além da telona.

Essas salas de cinema, geralmente instaladas em edifícios imponentes nos bairros centrais, foram verdadeiros centros de lazer e cultura entre os anos 1920 e 1950. Era ali que a população se reunia para socializar, namorar ou simplesmente se encantar com as novidades do cinema mundial. Contudo, o cenário começou a mudar com a popularização da televisão, entre as décadas de 1950 e 1960, que oferecia uma alternativa mais cômoda ao entretenimento.

Em Jundiaí, a maioria dessas salas surgiu nos anos 1950. Segundo o professor Maurício Ferreira, que também mantém um acervo histórico, o início da decadência desses cinemas coincidiu com a chegada dos complexos em shoppings, a partir de 1989. Na época, o Cine Marabá e o Cine Ipiranga ainda resistiam no Centro da cidade, mas começaram a enfrentar dificuldades.

Entre a pipoca e as histórias de amor

Para muitos, as salas de exibição não eram apenas espaços para ver filmes, mas verdadeiros cenários de lembranças inesquecíveis. A aposentada Isabel de Souza, de 66 anos, ainda guarda com carinho sua primeira ida ao cinema, quando assistiu Grease – Nos Tempos da Brilhantina, em 1978.

“Nos anos 70, havia várias opções de cinemas de rua e o ingresso era acessível. Quando algum filme tinha classificação indicativa, a gente falsificava a idade na carteirinha da escola. Eram tempos ingênuos. Estudava à noite, mas se a aula estivesse chata, deixava o material no colégio e ia ao Marabá com uma amiga. Qualquer filme com pipoca era melhor que uma aula. Depois, voltava de fininho para as últimas aulas. Apesar de não ser o mais responsável, era uma delícia. Hoje, prefiro a segurança dos cinemas em shoppings”, conta, rindo.

Com informações do Jornal de Jundiaí.
Arquivo professor Maurício Ferreira.

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