Após ser dada como morta em incêndio, jovem é reconhecida pela mãe anos depois em festa infantil

O que parecia uma tragédia irreversível acabou se revelando um caso impressionante de sequestro e reencontro familiar. Em dezembro de 1997, um incêndio destruiu a casa de Luz Cuevas e Pedro Vera, na Filadélfia, nos Estados Unidos. Na época, os bombeiros relataram que uma bebê de apenas dez dias, Delimar, teria morrido no fogo. Nenhum vestígio do corpo foi encontrado, mas a menina foi dada como morta.

Seis anos mais tarde, o destino surpreendeu a todos: durante uma festa infantil, Luz Cuevas reconheceu uma menina com as mesmas covinhas da filha que acreditava ter perdido. Desconfiada, ela decidiu investigar — e descobriu que se tratava, de fato, de Delimar, que havia sido sequestrada e criada sob outro nome.

Rebatizada como Aaliyah, a menina cresceu a apenas 20 quilômetros de seus pais biológicos, sendo criada por Carolyn, mulher que ela acreditava ser sua mãe. “Eu tinha uma vida normal. Estudava, fazia curso de modelo infantil, participava de concursos, sessões de fotos e apresentações. Gostava de estar nos holofotes e era bem extrovertida”, contou Delimar ao podcast Outlook, da BBC.

Apesar da convivência amorosa com os irmãos e com Carolyn, a jovem relatou que sentia a ausência materna com frequência, pois Carolyn trabalhava à noite. “Eu perguntava: ‘onde está minha mãe?’. Fui criada pelos meus irmãos e por parentes próximos”, relembra.

O caso ganhou destaque internacional nos anos 2000 e foi abordado recentemente em episódio do podcast Que História, da BBC News Brasil, disponível no YouTube, Spotify, Amazon Music, Apple Podcasts, Deezer e outras plataformas.

O reencontro entre Luz Cuevas e Delimar, anos após o incêndio, revelou não apenas um erro grave nas investigações iniciais, mas também a força de um instinto materno que se recusou a aceitar a perda. A história comoveu o país e expôs falhas em casos de desaparecimento infantil.

Fonte: G1.

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