Líderes dos Estados Unidos e da China se reuniram para uma conversa de uma hora e meia sobre o acordo comercial temporário firmado em 12 de maio.
O presidente dos EUA, Donald Trump, relatou que discutiu as "complexidades" do acordo com o presidente chinês, Xi Jinping, nesta quinta-feira (5).
Trump indicou que representantes dos dois países devem se encontrar em breve para continuar as negociações, com a presença do secretário do Tesouro, Scott Bessent, do secretário do Comércio, Howard Lutnick, e do embaixador Jamieson Greer, representante comercial dos EUA.
A conversa ocorreu logo após Trump criticar Xi, afirmando que ele era "muito duro" e que era "extremamente difícil" chegar a um acordo com o líder chinês. Essa troca de farpas vem em um contexto de crescente tensão entre as duas potências, especialmente desde que Trump anunciou um aumento significativo nas tarifas, que atingiu vários países mas afetando principalmente a China.
O acordo temporário assinado em maio (12) previu a redução por 90 dias das tarifas americanas sobre importações chinesas de 145% para 30%, e das tarifas chinesas sobre produtos americanos de 125% para 10%. Este tratado foi negociado após encontros em Genebra, na Suíça.
No entanto, desde a assinatura, surgiram dificuldades em avançar nas negociações. Na última sexta-feira (30), Trump acusou a China de não cumprir o acordo, o que levou o Ministério do Comércio chinês a classificar as acusações como "infundadas" e prometer ações para proteger seus interesses.
Durante a conversa mais recente, Xi Jinping afirmou que a China cumpriu o acordo feito em Genebra de maneira "séria e sincera", enfatizando que "diálogo e cooperação são a única escolha certa para a China e os EUA".
Ele também ressaltou a importância de respeitar as preocupações mútuas e manter uma atitude equilibrada.
Relembre a Guerra Tarifária Entre China e EUA:
A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo ganhou força após o anúncio das tarifas por Trump em abril. A China foi um dos países mais afetados, enfrentando uma taxa de 34%, além de tarifas adicionais de 20% que já eram aplicadas.
Em resposta, o governo chinês impôs tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas.
Trump retaliou, dando um prazo para a China retirar as tarifas, ameaçando aumentar as taxas em mais 50 pontos percentuais, totalizando 104%.
A China não recuou, afirmando estar disposta a "revidar até o fim".
Como resultado, Trump aumentou as tarifas sobre produtos chineses.
Em resposta, a China elevou suas tarifas sobre produtos americanos para 125%, intensificando ainda mais a disputa comercial. A escalada das tarifas gerou um clima de incerteza econômica, afetando mercados e o comércio global, enquanto os líderes continuam buscando caminhos para resolver as tensões comerciais entre suas nações.
Fonte: G1
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