Tragédia: Grávida perdeu as gêmeas após ser impedida de se ausentar do trabalho para dar à luz


A multinacional alimentícia BRF foi condenada a pagar R$ 150 mil por danos morais a uma trabalhadora que perdeu suas filhas gêmeas após entrar em trabalho de parto na portaria de um frigorífico da empresa, em Lucas do Rio Verde, em abril de 2024. O caso ganhou notoriedade após a sentença ser publicada na última segunda-feira (23). A funcionária, grávida de oito meses, apresentou sintomas de emergência durante o expediente, mas teve sua saída negada pela liderança, sendo forçada a dar à luz fora da empresa.

A justiça reconheceu a negligência da BRF em relação à saúde da trabalhadora, que, mesmo grávida, continuou em sua rotina de trabalho sem o devido suporte. Além da indenização, a decisão incluiu o pagamento de verbas rescisórias como aviso prévio e FGTS com multa. A defesa da funcionária alegou que, após a licença-maternidade, solicitou a rescisão indireta do contrato devido à falta de condições seguras para o trabalho.

A BRF, por sua vez, recorreu da decisão, argumentando que o parto ocorreu em área pública e que a funcionária teria recusado atendimento médico. A empresa também enfrenta um histórico de acusações de assédio moral a gestantes no ambiente de trabalho, com relatos anteriores de funcionárias que enfrentaram dificuldades semelhantes. O processo ainda está em andamento, com as partes aguardando o julgamento do recurso da BRF.

Fonte: G1
 

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