Léo Lins foi sentenciado há oito anos de prisão por disseminar conteúdo discriminatório contra minorias


O humorista Léo Lins foi condenado a oito anos e três meses de prisão por disseminar conteúdo ofensivo contra minorias e grupos vulneráveis, com base em uma ação do Ministério Público Federal (MPF) iniciada em 2023. Além da pena de prisão, Lins deverá pagar uma multa de 1.170 salários mínimos e uma indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos. Ele ainda pode recorrer da decisão. O vídeo em questão, que acumulou mais de 3 milhões de visualizações antes de ser retirado do ar, continha declarações discriminatórias contra diversos grupos, incluindo negros, idosos e homossexuais.

A juíza Barbara de Lima Iseppi, da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo, considerou o alcance da publicação e a variedade de grupos ofendidos como fatores que agravaram a pena. A Justiça argumentou que o humor não pode servir de justificativa para a propagação de discursos de ódio e que a liberdade de expressão deve ser exercida dentro de limites que respeitem a dignidade e a igualdade das pessoas. A decisão afirma que, em casos de conflito entre liberdade de expressão e dignidade humana, a última deve prevalecer.

Léo Lins já havia enfrentado polêmicas anteriormente, incluindo uma condenação por danos morais no valor de R$ 44 mil por ofensas a uma mãe de um jovem autista e um vídeo ofensivo sobre uma criança com hidrocefalia. Em 2021, sua apresentação no Teatro Municipal de Guarujá foi cancelada, o que o humorista considerou uma censura em resposta a suas piadas sobre a prefeitura.

Fonte: G1

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