CPI das Bets rejeita relatório e encerra sem indiciar Deolane, Virginia e outras 14 pessoas

 

Nesta quinta-feira (12), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets rejeitou um relatório final que recomendava o indiciamento de influenciadores e empresários envolvidos na promoção de empresas do setor de apostas. Em uma sessão com poucos participantes, o parecer da relatora Soraya Thronicke foi reprovado com um placar de 4 votos contra e 3 a favor.

Com essa decisão, a comissão de inquérito, que tinha como objetivo investigar irregularidades e crimes relacionados ao setor de apostas no Brasil, chega ao seu encerramento.

Os senadores que votaram contra o relatório foram:

- Angelo Coronel (PSD-BA)

- Eduardo Gomes (PL-TO)

- Efraim Filho (União-PB)

- Professora Dorinha Seabra (União-TO)

Enquanto isso, os que apoiaram a proposta foram:

- Soraya Thronicke (Podemos-MS)

- Eduardo Girão (Novo-CE)

- Alessandro Vieira (MDB-SE)

Após sete meses de atividades, o relatório de Soraya Thronicke propunha o indiciamento de 16 indivíduos, incluindo duas influenciadoras digitais de grande notoriedade: Virginia Fonseca e Deolane Bezerra, que juntas acumulam quase 75 milhões de seguidores.

A rejeição do relatório encerra a CPI sem que um documento final tenha sido elaborado ou que as recomendações de indiciamento tenham sido enviadas a órgãos oficiais.

Apesar do resultado, a relatora Soraya Thronicke afirmou que enviará suas conclusões às autoridades competentes, incluindo o Ministério Público, a Polícia Federal e o Ministério da Fazenda. Em seu parecer, a senadora destacou que, durante os trabalhos da CPI, foi possível "constatar o crescimento descontrolado e desregulado das apostas".

Ela ainda mencionou a identificação de "abusos evidentes, com influenciadores promovendo apostas falsas e propagandas que apresentavam as apostas como uma forma fácil de investimento ou enriquecimento".

No documento, Soraya indicou que o setor poderia ter movimentado até R$ 129 bilhões em 2024, com uma transferência significativa de recursos de famílias de classes mais baixas para apostas.

Fonte: G1

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